Uma operação preventiva realizada por equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) percorreu, nesta semana, 39 propriedades rurais localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra da Boa Esperança, no Sul de Minas. A ação teve como objetivo conscientizar moradores e produtores rurais sobre as limitações legais e os riscos do uso do fogo em atividades agrossilvipastoris, especialmente durante o período seco.
Ao todo, cerca de 150 pessoas foram diretamente orientadas. Os proprietários receberam material informativo e instruções sobre cuidados para evitar incêndios florestais, que historicamente atingem a região nessa época do ano. Também foram repassadas informações sobre penalidades aplicáveis em caso de uso irregular do fogo e sobre os canais oficiais para denúncias ou solicitação de autorizações para manejo controlado.
De acordo com o chefe da Unidade Regional de Fiscalização Ambiental do Sul de Minas da Semad, Elias Venâncio Chagas, a presença da fiscalização no território cumpre dupla função. “Para além da conscientização levada à população do entorno, espera-se que a presença do Estado tenha efeito dissuasor, limitando práticas irregulares e reforçando o papel vigilante das equipes de fiscalização”, disse.
Preservação e turismo
Criado em 2007 e administrado pelo IEF, o Parque Estadual da Serra da Boa Esperança tem cerca de 5,8 mil hectares e protege importantes mananciais que abastecem comunidades e propriedades rurais da região. Com nascentes e cursos d’água que alimentam o Rio Grande e o Lago de Furnas, a unidade de conservação preserva ecossistemas de Mata Atlântica, cerrado e campos de altitude.
Além de sua relevância ambiental, o parque abriga gargantas, cânions, cachoeiras e corredeiras, com águas cristalinas que reforçam seu potencial turístico e a importância da preservação dos recursos hídricos para o desenvolvimento sustentável local.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema