Conhecer a qualidade e a quantidade das águas em nosso Estado é uma ferramenta básica para definir estratégias que busquem a conservação, a recuperação e o uso racional dos recursos hídricos, reduzindo os conflitos e direcionando as atividades econômicas.

O Programa Águas de Minas, desenvolvido pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas, é responsável pelo monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas de Minas Gerais. Em execução desde 1997, o programa disponibiliza uma série histórica da qualidade das águas no Estado e gera dados indispensáveis ao gerenciamento dos recursos hídricos.

Atualmente a rede básica de monitoramento de qualidade de águas superficiais (macro-rede) conta com 657 estações de amostragem distribuídas nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Grande, Doce, Paranaíba, Paraíba do Sul, Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, Buranhém, Itapemirim, Itabapoana, Itanhém, Itaúnas, Jucuruçu, Peruípe, São Mateus e Piracicaba/Jaguari. Desde 2012, também é operada a rede de biomonitoramento com macroivertebrados bentônicos na bacia do rio das Velhas.

Nas regiões em que são dominantes as pressões ambientais decorrentes de atividades industriais, minerárias e de infra-estrutura, são operadas redes de monitoramento específicas para cada tipo de pressão antrópica, as quais são denominadas redes dirigidas, atualmente com 21 estações. Essas redes têm objetivos específicos, tais como subsidiar as propostas de enquadramento da sub-bacia da Pampulha e acompanhar a qualidade das Águas da Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG) e Parque Estadual Serra Verde (PESV). No caso dos desastres ocorridos nas bacias dos rios Doce e Paraopeba, em 2015 e 2019, respectivamente, o Igam executa um monitoramento especial nos rios afetados no intuito de acompanhar a situação e evolução da qualidade das águas superficiais, com divulgação periódica dos resultados.

Os principais objetivos do programa são:

  • Conhecer e avaliar as condições da qualidade das águas superficiais em Minas Gerais
  • Divulgar a situação de qualidade das águas para os usuários e apoiar o estabelecimento de metas de qualidade
  • Fornecer subsídios para o planejamento da gestão dos recursos hídricos​
  • Verificar a efetividade de ações de controle ambiental implementadas e propor prioridades de atuação

A rede em operação (macro-rede) foi adequada ao longo da execução dos trabalhos, adotando-se como referência a experiência desenvolvida pelos países membros da União Européia. Assim sendo, estabeleceu-se como meta a razão de uma estação de monitoramento por 1.000 km², que é a densidade média adotada nos mencionados países. Atualmente a densidade é de 1,15 estações a cada 1.000 km².

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No ano de 2005, o Programa Águas de Minas iniciou o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, pela Região Norte – área caracterizada pela baixa densidade de drenagem superficial e alta demanda de água subterrânea e vem sendo gradativamente expandido para outras regiões e aquíferos. Busca-se, inclusive, a avaliação da qualidade da água bruta utilizada para abastecimento público, e também para outros usos.

Atualmente, o monitoramento de qualidade é realizado em 126 pontos de água subterrânea, dentre poços e nascentes, distribuídos nas bacias dos rios São Francisco, Grande e Paranaíba. São monitorados 69 parâmetros físicos, químicos e biológicos nas águas subterrâneas, em laboratório e em campo, além do nível d’água dos poços.

A rede mineira de monitoramento das águas subterrâneas tem como objetivo principal a análise qualitativa dos recursos hídricos subterrâneos em seus aspectos de variação espacial e temporal. O monitoramento permite a caracterização e a avaliação das condições de qualidade, de forma a assegurar o uso adequado dessas águas e também fornece subsídios para ações de prevenção e controle da poluição, assim como permitirá a implementação de outros instrumentos de gestão de recursos hídricos, tal como o estabelecimento de background (valores de fundo naturais) e o enquadramento para as águas subterrâneas.

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Os resultados de qualidade de água gerados são armazenados em uma base de dados, que contém informações atuais e históricas, permitindo observar a evolução da qualidade das águas nas duas últimas décadas. De posse dos dados laboratoriais, a equipe do Igam avalia os resultados e elabora mapas e relatórios, informando a qualidade das águas do Estado de Minas Gerais. Para baixar os dados, mapas e relatórios de qualidade de água e  conhecer o programa de monitoramentoclique aqui ou acessehttp://portalinfohidro.igam.mg.gov.br/monitoramento-de-qualidade-das-aguas .