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Foto: Divulgação/Sisema

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Sisema ComCiência abordou artigo produzido por pesquisadores da Fundação João Pinheiro

A 31ª edição do Sisema ComCiência abordou, nesta segunda-feira (29/4), o artigo produzido por pesquisadores da Fundação João Pinheiro (FJP) sobre “Inadequação habitacional e renda no Brasil: abastecimento de água e esgotamento sanitário em áreas metropolitanas”. Na ocasião, os responsáveis pela publicação explicaram a metodologia aplicada na produção do estudo e detalharam os resultados encontrados. 

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Quem explicou o artigo foram os próprios pesquisadores da FJP que produziram o estudo: Frederico Poley e Gabriel Lacerda. O resultado, inclusive, foi publicado na revista Water International e pode ser conferido aqui.



Inicialmente, Frederico Poley explicou que a inadequação de domicílios urbanos é apenas um indicador presente no artigo e que possui três grandes componentes: carência edílica, inadequação fundiária e estrutura urbana, esta última que leva em consideração o abastecimento de água e esgotamento sanitário.



“Esse índice faz parte do que a gente chama de déficit habitacional, que a FJP já tem calculado para os municípios do Brasil. Nos últimos cinco anos, passamos por algumas mudanças metodológicas e a gente começou a aprofundar numa série de cruzamentos, como renda”, explica Frederico.



O pesquisador relatou que também observou que uma boa parte da parcela da população com renda acima de cinco salários mínimos apresentou algum problema de inadequação. Em seguida, Gabriel Lacerda completou dizendo que as regiões metropolitanas de Salvador, São Paulo e Goiânia são algumas que apresentaram o cenário citado.



As razões entre as faixas de renda diferem. No caso dos imóveis de baixa renda, foi constatada ausência de rede de infraestrutura, enquanto que nas construções de maior renda houve a opção de não ligação ou ligação alternativa. No entanto, para Gabriel Lacerda, a renda não é o único quesito a ser levado em conta nessa divisão.



“É insuficiente você colocar a difusão da infraestrutura urbana só em renda. Temos que pensar em aspectos institucionais, políticos e regionais da própria forma de urbanização, como uma urbanização litorânea onde você escolha não ligar sua rede ou na região amazônica se a pessoa preferir utilizar água diretamente do lençol freático. Você tem que pensar que essas inadequações têm essas particularidades”, observa.



Sisema ComCiência

O Sisema ComCiência é um projeto do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), e teve início em novembro de 2020. A iniciativa, realizada mensalmente, visa a divulgação de trabalhos científicos de relevância para o meio ambiente no estado com convidados escolhidos para apresentar resultados de pesquisas científicas e acadêmicas importantes para a área ambiental de Minas. Em todos os debates há um momento para que, quem está assistindo às palestras, possa esclarecer dúvidas e curiosidades.

O programa é apresentado e mediado por Alexandre Magrineli dos Reis, analista ambiental da Assessoria de Programas, Projetos e Pesquisa em Recursos Hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).



Matheus Adler
Ascom/Sisema

FONTE: PORTAL DO MEIO AMBIENTE MG